O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participou, nesta sexta-feira (22), da celebração do 20° Natal dos Catadores, Catadoras e População em Situação de Rua, no Estádio Pátrio Mané Garrincha, em Brasília. Desde 2003, Lula tradicionalmente comemora o termo de ano dos catadores de materiais recicláveis. Esta é a 17ª participação presencial de Lula no evento.
O encontro também encerrou a décima edição da Expocatadores, evento que começou na quarta-feira (20) e reuniu mais de 2 milénio catadores de materiais recicláveis das 27 unidades da federação.
Ao discursar, o presidente analisou o primeiro ano de seu terceiro procuração. “Nascente foi um ano de muito trabalho, mas de muita colheita. Conseguimos fazer o que pouquíssima gente imaginava que poderíamos fazer, em tão pouco tempo”, disse. “A gente precisava fazer a transformação para fazer o Brasil voltar à normalidade, [para] cuidar das pessoas, de gente, das mulheres, dos homens, de crianças.” E acrescentou que 2023 foi o ano de restabelecer o país, “arar a terreno, estercar, colocar a semente, cobri-la com a terreno e regar. Tudo que a gente sonhar vai fluir”.
O presidente ainda lembrou a volta do programa Pró-Catador, criado por ele, extinto no governo anterior, e recriado, em fevereiro deste ano, com o novo nome: Programa Diogo Sant’ana Pró-Catadoras e Catadores para a Reciclagem Popular. “Quero que vocês deixem de ser invisíveis.”
“Que saibam que vocês estão de cabeça erguida, orgulhosos do trabalho que fazem, sem sentir vergonha da soberba dos outros”, desejou Lula.
Mesmo com os avanços, a catadora Neli Medeiros, de Minas Gerais, avaliou que ainda existem muitos desafios a serem superados. “Temos muitos companheiros, não só nas ruas, mas nos lixões precisando de infraestrutura e zelo. Em 2024, que as coisas realmente aconteçam para nós, catadores.
“Nós, os catadores, temos pressa. Quem tem lazeira tem pressa. Logo, a gente precisa que esse governo continue nos apoiando, nos ajudando a fortalecer nossa cárcere”, declarou Neli Medeiros.
O ministro-chefe da Secretaria-Universal da Presidência da República, Márcio Macêdo, relembrou que, há um ano, o logo presidente eleito esteve com catadores, antes de assumir novamente a Presidência da República, em 1º de janeiro.
Acordos de cooperação
O ministro Márcio Macêdo apontou que 80% dos catadores atuam nas ruas do país e a maior segmento deles sem entrada a direitos básicos e serviços públicos porquê os de saúde, assistência social, ensino e Previdência Social e em situação de exposição à instabilidade cevar e baixa remuneração.
Para contribuir para mudar essa situação, o governo federalista assinou, durante o evento, dois acordos de cooperação, que atendem a segmento das reivindicações levadas ao presidente Lula por representantes do Movimento Pátrio de Catadoras e Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), nesta semana.
O primeiro tratado envolve bancos públicos integrantes do Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis (CIISC), coordenado pela Secretaria-Universal da Presidência da República, que atua em cinco frentes: fortalecimento de organizações, inclusão socioeconômica, garantia de direitos, fala federativa e estudos e pesquisas.
Pelo documento firmado, haverá a recriação do projeto Cataforte, por meio de um edital unificado de promoção de capacitação, formação e assessoramento das redes de catadores, suporte à compra de equipamentos, maquinário e veículos; e implantação, adaptação e modernização da infraestrutura física. A cooperação envolve o Banco Pátrio de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica Federalista e a Instalação Banco do Brasil.
O segundo tratado trata do projeto Conexão Cidadã Pró-Catadores e vai enviar a cinco municípios escolhidos pelo movimento uma unidade traste para atendimento de catadores. A estrutura oferecerá serviços públicos, inclusão em programas sociais e emissão de documentos a nascente público.
No encontro, o governo federalista formalizou a cessão de um terreno da União de superfície de 2,5 milénio metros quadrados para a Associação de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis do Compacto, porquê segmento da política de democratização do patrimônio da União, que será lançada em 2024, de tratado com o presidente Lula.
Serviços ambientais
O ministro Márcio Macêdo disse que a veras precisa mudar e dar protagonismo aos catadores. “Acreditamos que a construção de um protótipo eficiente e sustentável de operação para as organizações de catadores contribuirá para uma melhora na qualidade de vida e do envolvente urbano de toda a sociedade brasileira.”
No encontro, catadoras e dos catadores manifestaram que querem ser vistos pela sociedade, empresas e pelos governos porquê prestadores de serviços ambientais e não porquê simples coletores de materiais descartáveis.
A catadora e educadora ambiental Marcia Alencar, de Teresina, entende que o aproveitamento dos resíduos deve ser encarado porquê mais um instrumento para transição do país para uma economia verdejante.
“A gente não nasce catador, eu sou educadora ambiental, porque eu estudei na escola técnica. E faço militância dentro do ativismo ambiental, a partir da ensino ambiental, discutindo ensino, cidadania, para exatamente mostrar para as crianças, com e para elas, porquê é importante a gente discutir o zelo, principalmente, com o ser humano. A gente ensina a cuidar de outras formas de vida, a cuidar do planeta.”
Homenagens
Durante o fechamento da décima edição da Expocatadores, o presidente Lula prestou homenagens a diversos ministros pela atuação na construção de políticas públicas em seu governo.
Os representantes do Movimento Pátrio dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) entregaram o Selo Companheiro do Catador a autoridades do governo federalista consideradas prestadoras de serviços que valorizam a categoria.
Além dos ministros, o presidente Lula esteve escoltado de parlamentares, do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, da primeira-dama, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, e pelo ex-ministro da Secretaria-Universal da Presidência do Brasil, Gilberto Roble.
Material alterada às 20h29 para correção de informação. O terreno ofertado à Associação de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis do Compacto tem superfície de 2,5 milénio metros quadrados, e não de 2,5 milénio quilômetros quadrados, porquê estava no texto.