O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta terça-feira (12), da segunda reunião plenária do Recomendação de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão. Durante a reunião, diversos grupos de trabalho apresentaram os principais resultados e recomendações debatidas ao longo do ano, que incluem uma série de medidas que dependem de recursos públicos, em áreas uma vez que cultura, puerícia, meio envolvente e robustez renovável.
Ao reportar as propostas apresentadas, Lula pediu um estudo de viabilidade econômica e defendeu que o país não deixe de resolver seus problemas históricos por falta de investimento público.
“Nós precisamos fazer um estudo de viabilidade econômica de quanto será o investimento para a gente colocar essas coisas maravilhosas que vocês detectaram que é preciso fazer para o Brasil dar visível. Quanto vai custar a gente fazer esse investimento?”, disse o presidente Lula. “Não é decisão de mercado, não é unicamente questão fiscal. É a gente discutir, nesse juízo, qual é o país que a gente quer para a próxima dezena. Porque se for necessário esse país fazer um endividamento para crescer, qual é o problema? Qual o problema de fazer uma dívida para produzir um ativo produtivo para esse país?”, acrescentou.
“Porque aí é que entra a decisão política. Se a gente vai manifestar, uma vez que historicamente se disse, ‘é muito dispendioso’. E a gente não pergunta quanto custa não fazer as coisas na era certa. A gente poderia ter resolvido muitos problemas, mas tudo é muito gasto e não pode fazer. Quanto custou a esse país não tomar as decisões na era certa? Quanto custou para esse país não fazer as coisas corretamente quando a economia crescia 14% ao ano na dezena de 1970”, insistiu o presidente.
Entre os grupos de trabalho que apresentaram resultados, as propostas tratam de temas uma vez que recuperação de áreas degradadas, geração de uma política integrada para a primeira puerícia, lançamento de um conjunto de polos tecnológicos de cume impacto, medidas de entrada ao crédito para micro e pequenas empresas de forma menos concentrada nos grandes centros urbanos, investimentos em transição energética e proteção da Amazônia, e enfrentamento das desigualdades.
Criado há 20 anos, mas com atividades interrompidas nos governos anteriores, o Conselhão foi reinstalado oriente ano para debater assuntos de interesse da população e propor políticas públicas para o governo federalista. É formado pelo presidente Lula, pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e por outros 246 integrantes da sociedade.
De consonância com o ministro Alexandre Padilha, que coordena o colegiado, foram mais de 100 reuniões dos grupos de trabalho do Conselhão. Ele também falou sobre a reversão das expectativas econômicas desfavoráveis ao país.
“O Brasil, depois de sete anos, vai terminar 2023 com três coisas acontecendo ao mesmo tempo, que há sete anos não acontecia nesse país: desenvolvimento econômico de 3%, inflação controlada e desemprego em queda, com a taxa de 7,6%, menos de 8%”, declarou.