O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quarta-feira (22), que a presidência do Brasil no G20 terá uma iniciativa para a bioeconomia. Ele afirmou ainda que o Brasil criará duas forças tarefas no conjunto, uma contra a penúria e a desigualdade e a outra contra a mudança do clima.
Lula participou nesta quarta-feira (22) da Cúpula Virtual do G20, que marcou o término da presidência da Índia do conjunto, que vai até 30 de novembro. A partir daí, o Brasil assume a liderança do grupo que reúne 19 das maiores economias do mundo e a União Europeia. A União Africana também tornou-se membro permanente durante a 18ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo, em agosto, em Novidade Déli, na Índia.
Na ocasião, ao assumir simbolicamente a presidência do G20, o presidente Lula já havia proposto a geração de uma força tarefa contra a penúria. As prioridades do Brasil na presidência do grupo incluem a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a penúria e a pobreza; o enfrentamento das mudanças climáticas, com foco na transição energética, e a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental; e a resguardo da reforma das instituições de governança global, que reflita a geopolítica do presente.
Segundo Lula, o lema da presidência brasileira – “construindo um mundo justo e um planeta sustentável” – reflete essas prioridades. Nesta quarta-feira, ele reforçou que o eixo condutor da atuação do Brasil é a redução das desigualdades.
“Vamos buscar resultados concretos, que gerem benefícios para os mais pobres e vulneráveis, em todo o planeta. O G20 ajudará a alavancar iniciativas multilaterais em curso. Precisamos restabelecer a tripla dimensão do desenvolvimento sustentável e correr o ritmo de implementação da Agenda 2030 [dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas]”, disse o presidente.
Lula lembrou que o Brasil sediará a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, a COP 30, em 2025, e que pretende chegar lá com “uma agenda climática ambiciosa, que assegure a sustentabilidade do planeta e a honra das pessoas”. Para o presidente, isso só será verosímil abordando “seriamente o endividamento, o entrada a financiamento e mecanismos progressivos de tributação” nas agendas internacionais.
Ao longo do ano, em discursos em instâncias globais, o presidente brasílio já havia lembrado do cima endividamento extrínseco de países africanos e repetido a premência de que países ricos cumpram promessa de alocarem US$ 100 bilhões, por ano, em ações climáticas.
Presidência brasileira
O Brasil assume a liderança do conjunto em 1º de dezembro e segue até 30 de novembro de 2024. A agenda do G20 será decidida e implementada pelo governo do Brasil, com esteio direto da Índia, última ocupante da presidência, e da África do Sul, país que exercerá o procuração em 2025. Esse sistema é publicado uma vez que troika e é um dos diferenciais do grupo em relação a outros organismos internacionais.
De dezembro deste ano a novembro de 2024, o Brasil deverá organizar mais de 100 reuniões oficiais em várias cidades do país, que incluem muro de 20 reuniões ministeriais, 50 reuniões de cima nível e eventos paralelos. O ponto cima será a 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
Segundo Lula, no próximo dia 13 de dezembro, ele receberá, em Brasília, os representantes da trilha de política, mais ampla e onde se discutem políticas públicas, e da trilha de finanças, onde se discutem as questões de financiamento. O Brasil está propondo uma aproximação entre essas duas instâncias, para que trabalhem de forma mais coordenada.
Aliás, a presidência brasileira vai produzir ainda um meato de diálogo entre os líderes e a sociedade social.
“Jovens, mulheres, trabalhadores, empresários, povos indígenas, parlamentares, cientistas, acadêmicos e representantes de todos os outros grupos vulneráveis precisam ser ouvidos uma vez que artífices e beneficiários do desenvolvimento sustentável. Por isso, asseguraremos ampla participação social nos trabalhos do G20 e sediaremos uma cúpula da sociedade social previamente à reunião dos líderes”, assegurou Lula, na cúpula desta quarta-feira.
É a primeira vez que o Brasil assume a presidência do G20 desde a sua geração, em 1999. O país esteve presente desde o início, quando as 20 maiores economias do mundo se reuniram com o objetivo de buscar uma solução para a grave crise financeira que abalou todos os mercados e que levou à quebra de um número enorme de bancos e outras companhias.
O grupo reunia, à estação, somente ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais. Em 2008, para enfrentar novidade crise financeira internacional, passou a ter o formato atual, com chefes de Estado e de Governo.
Presidência indiana
O principal documento resultante da cúpula de Novidade Déli, em agosto, foi a Enunciação de Líderes, que incluiu temas uma vez que premência do desenvolvimento sustentável, da cooperação econômica e científica, de ações contra desigualdade e da redução do sofrimento causado pelas guerras.
“Espera-se que a Cúpula Virtual do G20 impulsione a implementação eficiente de várias decisões do G20, nomeadamente através de plataformas nacionais e internacionais relevantes”, explicou a presidência indiana, em enviado.
A Índia assumiu a liderança do G20 em dezembro de 2022 sob o lema Uma Terreno, Uma Família, Um Horizonte. Durante o período, o grupo teve uma vez que prioridades gerais estilos de vida sustentáveis, tecnologia, desenvolvimento inclusivo, multilateralismo e liderança de mulheres.
Além dos líderes dos países-membros do G20 foram convidados para a cúpula desta quarta-feira chefes outros nove países e de 11 organizações internacionais.
Conflito no Oriente Médio
Durante seu oração no encontro, o presidente Lula também falou sobre o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, no Oriente Médio. “Poucas semanas posteriormente o nosso último encontro presencial [em Nova Déli], o mundo está ainda mais multíplice. Rivalidades geopolíticas persistem, a economia global desacelera e as consequências das mudanças climáticas se sucedem. O recrudescimento do conflito no Oriente Médio vem somar-se às múltiplas crises que já enfrentávamos”, alertou.
Lula saudou o negócio anunciado esta quarta-feira entre Israel e o Hamas. O negócio envolve a libertação de 50 reféns pelo Hamas em troca de uma trégua temporária de 4 dias nos bombardeios na Filete da Gaza e da libertação de 150 prisioneiros palestinos por Israel.
“Espero que esse negócio possa pavimentar o caminho para uma saída política e duradoura para nascente conflito e para a retomada do processo de tranquilidade entre Israel e Palestina. Esse conjunto de desafios vai exigir vontade política e preceito por secção de governantes e dirigentes de todos os países e organismos internacionais. Por meio do diálogo, temos de recolocar o mundo no caminho da tranquilidade e da prosperidade. O G20 tem um papel mediano a executar”, disse Lula.
O presidente lembrou que o Brasil também vai discutir, durante sua presidência no G20, o fortalecimento da governança global “para mourejar com antigas e novas questões”. “Uma maior flutuação de vozes precisa ser levada em conta”, afirmou.
Desde que assumiu o procuração, em discursos em diversas instâncias internacionais, Lula tem defendido que o protótipo atual de governança, criado depois da Segunda Guerra Mundial, não representa mais a geopolítica do século 21. Para o presidente, é preciso uma representação adequada de países emergentes em órgãos uma vez que o Juízo de Segurança das Nações Unidas.
Atualmente, o parecer, com poder de tomar importantes decisões pela tranquilidade no mundo, reúne somente Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Uno, que têm poder de vetar decisões da maioria. Fazem secção do parecer rotativo Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Mamparra, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.