O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Brasil nesta terça-feira (5) depois participar da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes, e visitar mais três países – Arábia Saudita, Procurar e Alemanha – onde assinou acordos bilaterais e se reuniu com empresários, na procura de investimentos para o Brasil. Para o ano que vem, Lula prevê mais duas viagens internacionais.
Durante o programa semanal Conversa com o Presidente, no meio Gov, ele explicou que vai se destinar a viajar o Brasil, com exceções de dois encontros, o da União Africana, na Etiópia, e o da Caricom (comunidade de países do Caribe), na Guiana. “Essas eu quero participar porque são coisas que eu tenho interesse de falar para eles, sobre democracia, sobre o sistema ONU, sobre financiamento. O restante dos 365 dias, se preparem, porque eu vou percorrer o Brasil”, disse.
“Eu quero visitar o Brasil, eu quero visitar as cidades, eu quero conversar com prefeitos, com o povo, com os governadores, porque eu estou determinado não somente a cuidar do povo brasílico, mas cuidar da urbanidade, da democracia, da relação humana, cuidar de uma coisa chamada carinho, que a gente tem que tratar com as pessoas, e saudação. Esse Brasil vai ter que voltar a ser um país do saudação. As pessoas podem não gostar politicamente da outra, mas têm que respeitar a outra. Esse país não pode ser um país desumano, hostil, violento, desrespeitoso, porquê foi no pretérito muito próximo”, acrescentou.
Desde o início do ano, Lula fez visitas de Estado e esteve em diversos fóruns internacionais em países da América, Ásia, África e Europa com o objetivo de retomar as relações diplomáticas e o protagonismo do Brasil no mundo. Posteriormente os meses de giro internacional, ele passou por uma cirurgia para recuperação da fala do quadril, no termo de setembro, e agora fez a última viagem de 2023.
“Eu volto dessa viagem, depois de passar pela Arábia Saudita, pelo Procurar, pela COP28 nos Emirados, e agora na Alemanha, muito convicto que o Brasil voltou a ser um país respeitado no mundo. As pessoas querem saber o que acontece cá, querem investir cá. Querem saber da transição energética e da presidência do Brasil no G20”, afirmou.
Na última paragem, em Berlim, na Alemanha, foram assinados 19 instrumentos de cooperação em áreas porquê meio envolvente e mudança do clima, cultivação, bioeconomia, vontade, saúde, ciência, tecnologia e inovação, desenvolvimento global, integridade da informação e combate à desinformação. Os acordos já vinham sendo discutidos há meses.
O evento mediano da viagem foi a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes, onde o Brasil buscou o protagonismo “pelo exemplo”. Com uma redução do desmatamento na Amazônia de 22,3%, a maior queda em uma dez, o governo espera convencer o mundo de que é uma liderança no combate às mudanças climáticas. Por outro lado, o aumento do desmatamento do Selado, os incêndios no Pantanal e a resguardo da exploração de petróleo na margem equatorial brasileira são pontos que os ambientalistas ainda criticam.
Entre as medidas que o governo apresentou no evento em Dubai estão a de remunerar a proteção das florestas, para que o mundo pague os países que mantêm as florestas em pé; o Projecto de Transformação Ecológica, com ações para finanças sustentáveis, transição energética, bioeconomia e de infraestrutura e adaptação à mudança do clima; e o recém-lançado programa para recuperação de pastagens degradadas, com previsão de restabelecer 40 milhões de hectares de pastagem em até 15 anos. O governo ainda destacou a retomada e ampliação do Fundo Amazônia e do Fundo Clima.
Última agenda
Nesta terça-feira, antes de deixar a Alemanha, Lula se reuniu com o ex-chanceler teutónico e ex-presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Horst Köhler. De pacto com o Palácio do Planalto, o presidente abordou temas porquê a premência de equacionar o endividamento de países africanos, que chega da US$ 800 bilhões, e o esgotamento de instituições multilaterais diante do atual cenário geopolítico internacional.
“Eles abordaram as dívidas dos países africanos com o fundo [Fundo Monetário Internacional] na perspectiva de porquê isso dificulta o desenvolvimento econômico dessas nações, e citaram a instabilidade em alguns territórios, com conflitos armados, porquê outra vertente dos desafios atuais no continente”, informa o expedido da Presidência.
O Brasil deve usar a presidência do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do planeta, para propor a reforma de instituições multilaterais porquê o FMI, o Banco Mundial e a Organização Mundial do Transacção (OMC). O procuração, que começou na sexta-feira (1º), tem duração de 1 ano e se encerra em 30 de novembro de 2024. É a primeira vez que o país ocupa essa posição na história do grupo no formato atual.
As prioridades do Brasil nessa liderança são o combate à míngua, à pobreza e à desigualdade; o desenvolvimento sustentável, nas dimensões econômico, social e ambiental; e a reforma da governança global.
A previsão é que a comitiva presidencial desembarque no Rio de Janeiro esta noite. Na capital fluminense, Lula vai comandar a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, na quinta-feira (7).