Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terreno (MST) realizaram, na tarde desta quinta-feira (23), uma marcha na Lapa, na região meão da cidade do Rio de Janeiro, contra a aprovação – em percentagem peculiar do Senado – do Projeto de Lei (PL) 1459/2022, que flexibiliza o uso e facilita a liberação de agrotóxicos no Brasil.
A sintoma começou no Passeio Público, indo para a Fundição Progresso, onde é realizado o 12º Congresso Brasílico de Agroecologia, que encerra suas atividades hoje, com um ato político de balanço e projeção do tema da agroecologia para os próximos anos.Bárbara Loureiro, da direção pátrio do MST, disse que a aprovação do PL é um retrocesso. “O Brasil já é o país que mais consome agrotóxico no mundo e na medida em que flexibilizamos a sua liberação, esse oferecido tende a seguir crescendo. É um transe esse projeto de lei e precisamos denunciar”, alertou.
Danos irreparáveis
Em outubro, a Instauração Oswaldo Cruz (Fiocruz) declarou, em nota, que o PL promoverá “danos irreparáveis aos processos de registro, monitoramento e controle de riscos e dos perigos dos agrotóxicos no Brasil”.Segundo a entidade a material prenúncio a função histórica dos Ministérios da Saúde e do Meio Envolvente sobre a regulação dos agrotóxicos e enfraquece o poder de decisão desses órgãos sobre o registro de agrotóxicos.
O PL tramitará em regime de urgência no Senado. Dessa forma, não precisará passar por outras comissões temáticas e poderá ser votado a qualquer momento no plenário, antes de seguir para sanção ou veto presidencial. O regime de urgência foi legalizado nessa quarta-feira (22) pela Percentagem de Meio Envolvente do Senado a pedido da senadora Tereza Cristina (PP-MS).