O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou, nesta quarta-feira (20), a capacidade de negociação de ministros e de parlamentares líderes do governo com o Congresso Pátrio para aprovação de matérias de interesse, entre elas a reforma tributária, que será promulgada hoje. Lula coordenou a última reunião ministerial do ano, no Palácio do Planalto, e pediu aos ministros para estarem em Brasília no dia 8 de janeiro, para um ato referente aos ataques golpistas que resultaram na invasão e depredação das sedes dos três poderes.
“É preciso a gente debutar enaltecendo o trabalho inacreditável da aprovação das coisas que nós conseguimos legalizar no Congresso Pátrio. É importante a gente comemorar o feito inacreditável da aprovação da primeira política de reforma tributária aprovada num regime democrático, num Congresso Pátrio, onde partidariamente todos os partidos são de médios para inferior, não tem nenhum partido com 200 deputados, com 150 deputados, e nós conseguimos isso somente colocando em prática a arte da negociação”, disse Lula.
O presidente avaliou que essa negociação foi “muitas vezes mal interpretada”, “acusada de coisa de menor nível”, mas afirmou que o governo conversa com todos os parlamentares, sem relevo. “A gente não pergunta de que partido é a pessoa, a gente leva a proposta e em cima daquela proposta a gente estabelece as conversações necessárias”, disse, citando a fala do ministro da Quinta, Fernando Haddad, para aprovação da reforma tributária.
O texto passou pela última votação na Câmara dos Deputados no último dia 15 de dezembro, depois 30 anos de discussão. A reforma tributária simplificará a tributação sobre o consumo e provocará mudança na vida dos brasileiros na hora de comprar produtos e serviços.
Para Lula, ainda não se sabe “se ela vai dar todos os frutos que a gente espera”. “É porquê se fosse uma árvore que está plantada, agora nós temos que jogar chuva, colocar fertilizante, continuar conversando para sublimar, para que a gente dê ao povo brasílico e ao mundo inteiro que quer investir no Brasil a certeza de que esse país está tratando com muita seriedade a questão econômica, que a gente não pensa, em nenhum momento que é verosímil fazer mágica com a economia, que a gente pode dar um cavalo de pau num navio do tamanho do Brasil”, disse, afirmando que a fala continuará sendo foco da governança.
“A gente vai continuar, no ano de 2024, com esse mesmo jeito de governar, conversando com todo mundo; perde alguma coisa, ganha outra coisa, mas estabelecer porquê regra extraordinária a capacidade de conversação, a capacidade do diálogo. Pobre do governante que acha que pode trocar a mesa de diálogo por uma metralhadora, por um fuzil ou por um canhão. Quando se chega a essa tomada de posição, aí a ignorância venceu a lucidez. Aí a gente não pode botar nenhuma termo ligada à democracia, porque a democracia pressupõe tolerância, convívio democrática na volubilidade”, acrescentou Lula.
Ao perfurar a reunião, o presidente avaliou que o país está com uma situação “muito boa” e aposta no propagação do país maior que as previsões. “O que nós estamos colhendo hoje é um pouco daquilo que foi plantado, aquilo que a gente dizia desde o primícias, para você ter uma boa governança, você precisa ter credibilidade, você precisa ter segurança, segurança política, segurança jurídica, segurança social e você tem que ter uma coisa chamada previsibilidade. Ninguém quer enganar ninguém. A gente quer um país que tudo dê evidente para todos”, disse.
Ele afirmou ainda que “há defeitos” no governo e que conversaria com os ministros sobre “algumas coisas que a gente tem que consertar” para os próximos anos.
Flávio Dino
Depois a fala inicial de Lula, transmitida ao vivo, a reunião seguiu privada. Segundo ele, alguns ministros fariam apresentações, entre eles, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Ele foi escolhido pelo presidente para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federalista (STF), com o Senado aprovando seu nome. A posse foi marcada para 22 de fevereiro.
“Segundo a extrema-direita, foi o primeiro comunista a assumir a Suprema Namoro. E eu espero que seja um comunista do muito, que tenha paixão, carinho e, sobretudo, que seja justo. Porque ali não pode prevalecer somente a visão ideológica, ali, meu dispendioso Flávio Dino, com a tua cultura, só tem uma coisa que você não pode trair, é o teu compromisso com o povo brasílico e o compromisso com a verdade”, disse Lula.
O presidente alertou Dino que um ministro da Suprema Namoro “não tem que permanecer dando entrevista, não tem que permanecer dando previsão sobre o voto”. “Ele fala nos autos do processo e é isso que interessa para quem recorre à Suprema Namoro. Eu estou esperançoso que você será motivo de orgulho para o nosso país”, destacou.
Ainda de consonância com Lula, o ministro da Justiça ficará no governo até 8 de janeiro, para participar do ato em Brasília. O presidente confirmou na reunião que convocará um ato para lembrar os ataques golpistas, quando vândalos depredaram o Palácio do Planalto, STF e o Congresso Pátrio.
“Nós estamos tentando convocar um ato que vai ser convocado por mim, pelo presidente da Suprema Namoro, pelo presidente do Senado e pelo presidente da Câmara”, disse.