O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), garantiu nesta segunda-feira (8) que todos os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 serão responsabilizados.
Moraes participou do ato em resguardo da democracia, no Congresso Vernáculo. Além do ministro, o evento também contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entre outras autoridades.
No oração, Moraes, que é relator das investigações do 8 de janeiro no STF, avaliou que, 1 ano em seguida os ataques, a “democracia venceu, o Estado constitucional prevaleceu”. O ministro prometeu ainda a punição dos vândalos.
“Todos, absolutamente todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da democracia e a tentativa de instalação de um Estado de exceção serão devidamente investigados, processados e responsabilizados na medida de suas culpabilidades”, garantiu.
Alexandre de Moraes também defendeu a regulação das redes sociais para combater a desinformação e atos antidemocráticos.
“Essas recentes inovações potencializaram a desinformação premeditada fraudulenta e amplificaram os discursos de ódio e antidemocráticos. A escassez de regulamentação e a inexistente responsabilização das plataformas, somadas à falta de transparência na utilização da perceptibilidade sintético e dos algoritmos, tornaram os usuários suscetíveis à demagogia e à manipulação política, possibilitando a livre atuação desse novo populismo do dedo extremista e de seus aspirantes a ditadores”, completou.
O presidente do Supremo Tribunal Federalista (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que a depredação das sedes dos Três Poderes não foi um “caso só”. Na avaliação do ministro, os atos golpistas foram precedidos de “anos de ataques às instituições”.
“O Dia da Infâmia foi precedido de anos de ataques às instituições, ofensas a seus integrantes, ameaças de naturezas diversas e disseminação do ódio e de mentiras”, afirmou.
PGR
Durante a cerimônia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a punição para quem praticou os atos contra a democracia.
“Cabe ao Ministério Público, o que já vem sendo feito há 1 ano, apurar a responsabilidade de todos e propor ao Judiciário os castigos merecidos. Essa é nossa forma de prevenir que o pretérito que se lamenta não ressurja recrudescido e venha desorganizar o por vir”, afirmou.
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